CONTINUA EN GALEGO E PORTUGUÊS:
Dor sen trampas
Hai unha dor, tan fonda e sobrehumana,
que punza como un raio o infinito,
dor que nos irmá co seu grito
e desgarra a entraña máis arcana.
Magma do corazón, incendio humano,
lume infernal, pero tamén bendito,
que funde a nosa escoria e todo mito,
facéndonos sufrir polo irmán.
Dóeme a túa dor, proscrito home,
tan fráxil e propenso á caída,
á traxedia, o desamor, a ferida?
Arde, oh, dor, sen trampas e sen nome,
queima, chora e desángrame na túa fogueira.
Arde, oh, dor, e explota, aínda que eu morra!
EM PORTUGUÊS
Dor sem armadilhas
Há uma dor, tão funda e sobrehumana,
que punza como um raio o infinito,
dor que nos irmã com seu grito
e rasga a entranha mais arcana.
Magma do coração, incêndio humano,
fogo infernal, mas também bendito,
que funde nossa escória e todo mito,
fazendo-nos sofrer pelo irmão.
Dói-me tua dor, proscrito homem,
tão frágil e propenso à queda,
à tragédia, o desamor, a ferida...
Arde, oh, dor, sem armadilhas e sem nome,
queima, chora e desangra-me na tua fogueira.
Arde, oh, dor, e explode, ainda que eu morra!
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